Como disse Fernando Pessoa:
Mestre, meu mestre querido!
A quem nenhuma coisa feriu, nem doeu, nem perturbou,
Seguro como um sol fazendo o seu dia involuntariamente,
Natural como um dia mostrando tudo,
Meu mestre, meu coração não aprendeu a tua serenidade.
Meu coração não aprendeu nada.
Meu coração não é nada,
Meu coração está perdido.
E depois por que é que me ensinaste a clareza da vista,
Se não me podias me ensinar a ter a alma com que a ver clara?
E por que é que me chamaste para o alto dos montes
Se eu, criança das cidades do vale, não sabia respirar?
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