quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Lua


Quando no Céu surgis brilhante.
Estendendo pelo mundo teu manto elegante.
Deixa-me pensativa e estonteante,
Com tantas lembranças, já bem distantes.
De um passado, onde eras venerada pelos amantes.

Quantas juras de amor ouviste.
Mil beijos e abraços apaixonados assististe.
Com teus raios deslumbrantes.
Deixaste os apaixonados delirantes.

Hoje te vejo com amor e respeito.
Pois desde criança, sinto emoção dentro do peito.
Ao admirar teus encantos, teus traços perfeitos.
Nas noites claras, enfeitiçadas pelos teus efeitos.

Lua, eterna amiga, nas minhas noites solitárias.
Que não são poucas, são várias.
Procuro em ti, afastar tristes pensamentos.
Deixo-me levar por doces momentos.
Cheios de encantos e embevecimentos.

Vejo-te sorrir como antigamente.
Como na minha infância, que estavas sempre presente.
Nas noites alegres, lindas e quentes.
Quando eu brincava muito feliz e contente.
Sob teu clarão, bem evidente.

Lua, eterna amiga dos apaixonados.
Lua, sempre conselheira dos desencantados.
Lua, companheira fiel, dos desesperados.
Que se encontram, dos seus amores separados

Lindamar Cardoso de Melo

Um comentário:

Luiz Claudio disse...

A estrofe derradeira merencórea revelava toda a história
De um amor que não morreu. e a lua que rondava a natureza,
Solidária com a tristeza
Entre as nuvens se escondeu.