Para meu bem
Por que saio sempre
Com vontade de ficar?
No gosto, na pele, no corpo.
Que faculdade desse teu país alheio
Me fez esquecer a tristeza
Em roda desde há muito no vento?
Por que saio no que sei
Que permaneço?
E faço do giro de outros sítios
A ponta para o caminho,
Estrada que navego,
De encontrar ao fim
A porta de onde parto?
Ah deixar espaços
Terras minhas conhecidas...
E vem a vela do que escrevo
Singrar o tardio mar
Dos teus olhos.
Ah fazer da rede o tempo
De adormecermos à sombra das árvores
( no espaço não retirado )
A terra devoluta do latifúndio
Que tua boca ocupa.
Para dividir, forçar a divisão
Do ato de amar e deixar partir
O barco que volta e volta
Ao cais onde plantaste
Os peixes.
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
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