domingo, 24 de maio de 2009

Oferendar


Licença, Antônio Risério

Cisma e sigilo.

Na cara da escuridão, corisco.

Silêncio nos escuros
silêncio nos claros.
Iansã exige tambores

Ela é Vento vermelho
vento de garras e panos transparentes
nos meus cabelos
pretos.

Ê ê ê epa, Oiá ô!
Pra longe os mentirosos
daqui
Pra longe a falsidade
daqui
Afasta
De mim
Os traidores silenciosos
de Luizas Mahins.

Leopardo no ar
alto:
mulher corisco sigilo e cisma.

Orixá proteja e preteja.
Orixá minha casa
Mão de grandes chuvas,
pimentas cruas,
e cavalos bravos
pousada em meu Ori

Senhora que incendeia
- a bença Iá ô
lado esquerdo da minha cabeça.

Héèepá Héèi, Oyá ò!
Que dança, voa, redemunha
rajadas.

Nenhum comentário: