E andando esperava seu passo se constituir caminho.
Para todas as células
Escalavradas
Há um pouco de terra
Que as cubra
Que as tome
Que as consuma como ato.
Porque o único ato
É ser.
Passarinho passarinho
Que vai remando os ares
Passarinho passarinho
A guerra é o deus que o apoia
No céu
Diante dos homens
E suas construções
De paz duvidosa.
Passarinho não anda
Que conquistou asas.
No tempo de mudança pegou a andar, porque andar
É nossa união à terra
De pés descalços
Pele, pedra e pó.
Entorna a moringa
Em copo de barro.
A água denunciará tua sede.
E afirmará,
Todos os dias no fio das horas,
A medida que os homens
Não terão mais
Quando enfim seus passos
Se tornarem voo.
Um comentário:
Você encanta multidões. Habilidade invejável com as palavras.
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