A tarde deixada para trás.
A violência das mãos
Segmentadas
Agora some
No risco da estrela
Na atitude do céu
Que o inverno veste.
É um céu paciente. Em pontos de luz
Costura a noite.
O prazo da vida escoa por entre as linhas.
Ah a toada do tempo
Nas pedras da estrada
No canto sob janela antiga
Nos passos por tantas ruas pequenas.
O tempo cantor ensinou os pássaros.
Eles sabem que a infinita medida
Limita nossa canção na terra.
Lavrar a alma é ato de plantio mais corajoso.
Por isso cantam-se canções enquanto a semeadura
É imperativo para a flor da aurora.
A tarde deixada para trás.
A noite é cama para as mãos que carregam sementes.
A noite é descanso para a fertilidade da terra.
Pão para sua fome.
Fim da nossa vida.
sexta-feira, 29 de abril de 2011
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