Sinto o frio que me adormece as mãos,
O peito.
E sinto a água que arrefece as sílabas
Do verso.
Sinto a palavra que me comove
O facão.
Há cortes que eu quisera na vida
E que arremessam longe
O tronco do ipê
Cerrado.
Ontem andei num canto sem norte.
Hoje me aborrece o caminho.
E no passo que dou
Sou mouco em palavra,
Lágrima
Ou água.
Essa água que inunda tanto,
Enquanto estou
Criança
No vento
Da terra que me pôs gente
E que faz minha poesia
Falha e
Sem aplauso.
Um comentário:
Tá tão bonito.
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