domingo, 21 de junho de 2009

Mira aboios



Tangendo boi magro
aboio reclama a cor verde
na pedra.

A tristeza do cantador
é saber das demoras:
no sertão se silencia.

Quem chove no sertão são
os aboios.

boi brasileiro vive astuto na sede
calado:
tambores para transportá-lo

Vira bumbá
boi de mamão
boitatá
peixe prata
poema de drummond.

A igreja matriz do cangaço é de substância aboio.

Chove no preto
Chove no índio
Colher algodão ingrato

Estamira canta
guerreando palavras
um aboio declarado

Estamira sou eu.
e também sou os passos do gado.

Um comentário:

Tatu disse...

Vamos lá Fernanda,
vou linkar vc no tatubola.
bjão,
ivantunes.