tag:blogger.com,1999:blog-40248280059596327612024-03-05T12:26:15.207-03:00Blog dos Maranduvásmusica popular brasileira, folclore, itapetininga, fanzine, chorinho, historia da mpb, poesia, letra de musica, samba antigo, samba de raiz, foto.Luiz Claudiohttp://www.blogger.com/profile/12623945511057364172noreply@blogger.comBlogger180125tag:blogger.com,1999:blog-4024828005959632761.post-54184724011387493962013-03-27T20:31:00.001-03:002013-03-27T20:31:39.316-03:00Breve Historia da MPB (12a. parte)“Eu era menino<br />
Mamãe disse: vamos embora<br />
Você vai ser batizado<br />
No samba de Pirapora<br />
Mamãe fez uma promessa<br />
Para me vestir de anjo<br />
Me vestiu de azul-celeste<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnR9cpBlNlCjSJKQCVErczhsnv7DsTD1vKF0y4IHuyQMxFRQqg0mzhbT1XIQd05C3j8tgdd86VnfeU1MzSazZgykal3Sr5m1OqBtaYUzQH9InORN62g5vQoaj01w2cyUtk5TiQbvHtb0cX/s1600-h/geraldofilme1.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5383782251740844434" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnR9cpBlNlCjSJKQCVErczhsnv7DsTD1vKF0y4IHuyQMxFRQqg0mzhbT1XIQd05C3j8tgdd86VnfeU1MzSazZgykal3Sr5m1OqBtaYUzQH9InORN62g5vQoaj01w2cyUtk5TiQbvHtb0cX/s320/geraldofilme1.jpg" style="cursor: pointer; float: right; height: 206px; margin: 0pt 0pt 10px 10px; width: 320px;" /></a><br />
Na cabeça um arranjo<br />
Ouviu-se a voz do festeiro<br />
No meio da multidão<br />
Menino preto não sai<br />
Aqui nessa procissão<br />
Mamãe, mulher decidida<br />
Ao santo pediu perdão<br />
Jogou minha asa fora<br />
Me levou pro barracão<br />
Lá no barraco<br />
Tudo era alegria<br />
Nego batia na zabumba<br />
E o boi gemia<br />
Iniciado o neguinho<br />
Num batuque de terreiro<br />
Samba de Piracicaba<br />
Tietê e campineiro<br />
Os bambas da Paulicéia<br />
Não consigo esquecer<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-NfHLyqIicC8oyqmg-8cGVQ16w4a67o6ciMxx94a6z-5oSJw7bNefBzCbI2bPECQgRGp43Bw90P2y3Kh3-SGh8dsHHJakRb845FuOaNFVa_2q6KqMX6L8QeMExmX61VyhSNjHec78MjdN/s1600-h/BatuqueSP-Denis.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5383782512097254738" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-NfHLyqIicC8oyqmg-8cGVQ16w4a67o6ciMxx94a6z-5oSJw7bNefBzCbI2bPECQgRGp43Bw90P2y3Kh3-SGh8dsHHJakRb845FuOaNFVa_2q6KqMX6L8QeMExmX61VyhSNjHec78MjdN/s320/BatuqueSP-Denis.jpg" style="cursor: pointer; float: right; height: 239px; margin: 0pt 0pt 10px 10px; width: 320px;" /></a><br />
Fredericão na zabumba<br />
Fazia a terra tremer<br />
Cresci na roda de bamba<br />
No meio da alegria<br />
Eunice puxava o ponto<br />
Dona Olímpia respondia<br />
Sinhá caía na roda<br />
Gastando a sua sandália<br />
E a poeira levantava<br />
Com o vento das sete saias<br />
Lá no terreiro<br />
Tudo era alegria<br />
Nego batia na zabumba<br />
E o boi gemia<br />
Lá no terreiro<br />
Tudo era alegria<br />
Nego batia na zabumba<br />
E o boi gemia.”<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Esta
letra é apenas uma das grandes obras de Geraldo Filme, conhecido como
Enciclopédia do Samba Paulistano, sinônimo da auto-afirmação da cultura
negra, “Seo” Geraldo, como os sambistas de todas as escolas
respeitosamente o tratavam, teve passagem relevante como fundador,
diretor ou colaborador, pela maioria das escolas de samba da cidade. A
letra de Batuque de Pirapora é uma crônica da perseguição ao samba pela
igreja católica em Pirapora do Bom Jesus, com ironia e talento ele
criara um samba alegre e combativo, juntamente com Tradições e Festas de
Pirapora, fez uma releitura do samba rural paulista, do qual a cidade
foi o berço, essas músicas trazem elementos dos jongos, vissungos e
batuques que aprendeu com sua avó, que entoava cantos do tempo dos
escravos. Sua musicalidade também foi influenciada por seu pai que
tocava violino nos choros e por sua mãe com quem aprendeu ritmo e dança.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
O
“negrinho das marmitas” como também era conhecido, já aos 10 anos de
idade, fazia entregas para sua mãe que tinha uma pensão na Rio Branco,
em frente ao palácio do governo, isso era 1937, ele e o Zeca da Casa
Verde, que era filho de uma grande amiga de sua mãe, sempre andaram
juntos, tanto que eles se consideravam parentes, cresceram, se formaram e
viveram no samba. “Aí eu dizia: ‘Atravessa a fronteira’. Depois de
entregar a marmita, ia onde estava minha gente. Era exatamente lá na
Barra Funda, dividindo com os Campos Elíseos. Então ia pra Barra Funda e
ficava lá no samba. (...) Lá no largo da Banana, na hora que folgavam
um pouquinho, eles armavam um samba e a gente era moleque, ficava
olhando os velhos, não deixavam a gente entrar na roda: ‘Sai daqui,
moleque, chega pra lá’. A gente ficava apreciando ‘os coroas’ todos
cantar e a gente guardou muita coisa e deu continuidade.” Geraldo Filme,
Programa Ensaio, 1992.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
“Minha
avó não era brincadeira. Eu peguei um canto com a minha avó, que era o
maior sarro. Dizia que as negas velhas escravas, quando nascia uma
criança, entregavam pra elas como se fosse filha. Se a moça desse uma
mancada então, elas sofriam demais. Então acontecia o seguinte: lá na
senzala, enquanto a nega velha tomava conta da criança (como se fosse o
partido alto hoje), os nego velho lá nas casinhas, no hora do samba,
metia a bronca. Então eles cantavam um negócio assim:<br />Oi tiá, tiá, tiá<br />Oi tiá de Junqueira, tiá<br />Oi tiá, tiá, tiá<br />Ou tiá de Junqueira, tiá<br />Moça bonita<br />Delírio, tiá<br />Veja que coisa indecente, tiá<br />Deita sem estar casada, tiá<br />Fazendo vergonha pra gente, oi tiá.<br />Os
negos cantavam e elas chegavam: ‘Pará com isso, zombando das meninas’.
Então a tradução disso é que a escrava negra tinha que ir pra cama na
marra e a moça branca ia por livre e espontânea vontade, e elas se
sentiam mães daquelas crianças, elas é que ficavam envergonhadas.”</div>
Luiz Claudiohttp://www.blogger.com/profile/12623945511057364172noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4024828005959632761.post-33433975239617383362012-09-10T19:53:00.000-03:002012-09-10T20:29:57.387-03:00"Porque voltar, inclusive, é o melhor da festa."<span style="font-style: italic;">Para a linda volta de um grande amor!</span><br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<br />
<object height="344" width="425"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/itqth-DBJ10&hl=pt_BR&fs=1&color1=0x006699&color2=0x54abd6"></param>
<param name="allowFullScreen" value="true"></param>
<param name="allowscriptaccess" value="always"></param>
<embed src="http://www.youtube.com/v/itqth-DBJ10&hl=pt_BR&fs=1&color1=0x006699&color2=0x54abd6" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><br />
<br />
<object height="344" width="425"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/6DCE_r0RsMs&hl=pt_BR&fs=1&color1=0x006699&color2=0x54abd6"></param>
<param name="allowFullScreen" value="true"></param>
<param name="allowscriptaccess" value="always"></param>
<embed src="http://www.youtube.com/v/6DCE_r0RsMs&hl=pt_BR&fs=1&color1=0x006699&color2=0x54abd6" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><br />
<br />
Começaria tudo outra vez<br />
Se preciso fosse, meu amor<br />
A chama em meu peito<br />
Ainda queima, saiba!<br />
Nada foi em vão...<br />
<br />
A cuba-libre dá coragem<br />
Em minhas mãos<br />
A dama de lilás<br />
Me machucando o coração<br />
Na sêde de sentir<br />
Seu corpo inteiro<br />
Coladinho ao meu...<br />
<br />
E então eu cantaria<br />
A noite inteira<br />
Como já cantei, cantarei<br />
As coisas todas que já tive<br />
Tenho e sei, um dia eu terei...<br />
<br />
A fé no que virá<br />
E a alegria de poder<br />
Olhar prá trás<br />
E ver que voltaria com você<br />
De novo, viver<br />
Nesse imenso salão...<br />
<br />
Ao som desse bolero<br />
Vida, vamo nós<br />
E não estamos sós<br />
Veja meu bem<br />
A orquestra nos espera<br />
Por favor!<br />
Mais uma vez, recomeçar... </div>
Luiz Claudiohttp://www.blogger.com/profile/12623945511057364172noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4024828005959632761.post-72939040070704602822012-07-31T20:26:00.000-03:002012-07-31T20:36:29.954-03:00Breve Historia da MPB (11a. parte)<div style="text-align: justify;">
“Eu tenho uma porção de amigos. Todos são meus amigos, você é meu amigo, todo mundo é meu amigo. Eu ando com todo mundo, me dou com todo mundo, sabe? Francisco Alves, Carlos Galhardo, Nelson Gonçalves, Araci de Almeida, Orlando Silva, Ismael Silva, Roberto Silva, J. Aimberê, Moreira da Silva. Todo mundo aí, tudo meu amigo: Jorge Goulart, Nora Ney, Emilinha Borba, Rui Rei, tudo meu amigo, Jorge Veiga, Risadinha, tudo. (...) Como que faz samba eu não entendo, não sei responder. Eu faço. Por exemplo, eu faço. Eu nunca morei na Vila Esperança e fiz Vila Esperança, nunca morei em Jaçanã e fiz Trem das Onze. Fiz Pensão do Bexiga, nunca morei no Bexiga. Só freqüentei muito o Bexiga, o Nick Bar, na Major Diogo.”</div>
<div style="text-align: justify;">
“Eu não, moro perto de maloca, encostado, vizinho de maloca. Minha casa é aqui e aqui assim tem uma porção de maloquinhas bonitas. Eu moro aqui na Cidade Adhemar, agora Vila São Paulo. Eu sou corintiano, mas moro na Vila São Paulo e lá também tem maloquinhas. Na minha rua não tem luz, não tem água, é poço, se quiser, e fossa, se quiser. Fala para o seu Ferraz [então prefeito de São Paulo] dar um jeito lá. Você fala para ele que não tem luz na rua. Eu tenho que ir para casa cedinho por causa dos assartante. Já roubaram nosso violão, nosso pandeiro.” Apelidado de “Noel Rosa paulista”, foi um símbolo do chamado samba paulista/paulistano, entre seus maiores sucessos estão Trem das Onze, Saudosa Maloca, Samba do Arnesto, Tiro ao Álvaro, Prova de Carinho, Um Samba no Bixiga e Iracema que reproduzo abaixo: </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
“Iracema, eu nunca mais eu te vi</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNs_1lgnE2oZi3tOjrwRYx9GCocL4jmrSj4J2YRL7zawSRAwhUTz3kHRA3nL0kC02hS9gSYX2UlVwm10v0HqKDGTvHi76l7STGho_WAwHzaPtXl4njWuCMRBLKs_XP9saaDHGFaVeC5myM/s1600/adoniranbarbosaadoniran.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="256" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNs_1lgnE2oZi3tOjrwRYx9GCocL4jmrSj4J2YRL7zawSRAwhUTz3kHRA3nL0kC02hS9gSYX2UlVwm10v0HqKDGTvHi76l7STGho_WAwHzaPtXl4njWuCMRBLKs_XP9saaDHGFaVeC5myM/s320/adoniranbarbosaadoniran.jpg" width="320" /></a></div>
Iracema meu grande amor foi embora<br />
Chorei, eu chorei de dor porque<br />
Iracema, meu grande amor foi você<br />
<br />
Iracema, eu sempre dizia<br />
Cuidado ao travessar essas ruas<br />
Eu falava, mas você não me escutava não<br />
Iracema você travessou contra mão<br />
<br />
E hoje ela vive lá no céu<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhddvW4jWs2wzfNKB9I5zdGjoLr2Ao3ZJTOwx5gzGSDVEPUzsNZXRTAc2unoNcFZ8k1MAIxQ82R3wq1I5NCdgxPIGNjQ1FtjrNvvf3VWKKBoghc1dJe3PFkfTba-AEmZ1XapA0Lg_nE-aTM/s1600/7949.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="211" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhddvW4jWs2wzfNKB9I5zdGjoLr2Ao3ZJTOwx5gzGSDVEPUzsNZXRTAc2unoNcFZ8k1MAIxQ82R3wq1I5NCdgxPIGNjQ1FtjrNvvf3VWKKBoghc1dJe3PFkfTba-AEmZ1XapA0Lg_nE-aTM/s320/7949.jpg" width="320" /></a>E ela vive bem juntinho de nosso Senhor<br />
De lembranças guardo somente suas meias e seus sapatos<br />
<br />
Iracema, eu perdi o seu retrato.<br />
<br />
- Iracema, fartavam vinte dias pra o nosso casamento<br />
Que nóis ia se casar<br />
Você atravessou a São João<br />
Veio um carro, te pega e te pincha no chão<br />
Você foi para Assistência, Iracema<br />
O chofer não teve curpa, Iracema<br />
<br />
Paciência, Iracema, paciência<br />
<br />
E hoje ela vive lá no céu<br />
E ela vive bem juntinho de nosso Senhor<br />
De lembranças guardo somente suas meias e seus sapatos
Iracema, eu perdi o seu retrato.”Luiz Claudiohttp://www.blogger.com/profile/12623945511057364172noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4024828005959632761.post-62375915185034244952012-01-07T19:03:00.000-02:002012-01-07T19:04:27.206-02:00A Love Supreme<iframe width="480" height="360" src="http://www.youtube.com/embed/qagOblqhBhk" frameborder="0" allowfullscreen></iframe><br /><br /><iframe width="480" height="360" src="http://www.youtube.com/embed/f1xe7FDsQWY" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>Luiz Claudiohttp://www.blogger.com/profile/12623945511057364172noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4024828005959632761.post-43960945306052732472012-01-05T10:14:00.002-02:002012-01-05T10:23:40.131-02:00Teresa Cristina canta Paulinho da Viola<div>Pra começar o ano a atual e grande Teresa Cristina homenageando Paulinho da Viola.</div><div><br /></div><div><span ><u><iframe width="640" height="480" src="http://www.youtube.com/embed/zKD5pF8GHbE" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe></u></span></div><div><span ><u><br /></u></span></div><div><span ><u><iframe width="640" height="480" src="http://www.youtube.com/embed/Ay4keq7aaGs" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe></u></span></div>Luiz Claudiohttp://www.blogger.com/profile/12623945511057364172noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4024828005959632761.post-13715247867596088582011-10-27T20:20:00.000-02:002011-10-27T20:22:56.723-02:00Ismael Silva<div style="text-align: center;"><br /><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/2W3WP5HwyrY&hl=pt_BR&fs=1&color1=0x3a3a3a&color2=0x999999"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/2W3WP5HwyrY&hl=pt_BR&fs=1&color1=0x3a3a3a&color2=0x999999" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><br /></div><br /><br /><span style="font-style: italic;">Um dos fundadores da 1a. escola de Samba do pais, conta algumas historias e canta um samba de sua autoria, com Cristina Buarque.</span>Luiz Claudiohttp://www.blogger.com/profile/12623945511057364172noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4024828005959632761.post-64275352802997324242011-10-27T20:06:00.003-02:002011-10-27T20:17:26.970-02:00Breve Historia da MPB (10a. parte)<p class="MsoNormal" style="margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; margin-top: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 35.4pt; text-align: justify; ">“O Orlando Silva fez sucesso demais. Era demais, o homem era demais, nunca vi. Orlando Silva foi demais, mais do que Roberto [Carlos] e muito mais pesado. Porque não era a meninada que ia. Ia homem atrás do Orlando Silva, moça, mulher, gente já de idade, a molecada. Era um cartaz espetacular. Ele era demais, meu filho. O Orlando enchia o largo do Colombo, no Brás, que é uma enormidade, ficava assim para ver o Orlando Silva cantar, mudava o trafego. O Orlando foi o máximo em São Paulo. (...) Chico Alves também fazia muito sucesso em São Paulo. Não era muito amigo, não, mas andava junto com ele. Quando ele ia para São Paulo, a gente jantava muito junto. Diziam que ele era pão-duro. Não era pão-duro nada, coitado do Chicão. Para mim era meu amigo. A gente ia jantar, ele não gastava muito, não, que não era bobo, ele não gastava muito, mas, se a gente pedia duas sopas, ele pagava a minha sopa. Ele dizia ‘Me dá duas sopas ai, dois minestrones’. E pagava o meu. Ele fumava Petit Londrino e era cada tragada um tombo, sabe, um cigarro forte, cada tragada um tombo. Eu queria fumar, ele me dava cigarro. Meu amigo ele.” Adoniran Barbosa, no Programa Ensaio gravado no dia 28/11/1972, o mais representativo compositor popular paulista, posto ao qual chegou depois de fazer sucesso como radiator, humorista em várias emissoras de radio, ator de cinema e até parceiro (por correspondência) de Vinícius de Moraes, com quem fez o antológico <i>Bom Dia Tristeza</i>. Criou tipos, compôs poesias, cantou crônicas, garantiu lugar na história da música brasileira, até sua morte em 23/11/1982, com 72 anos. Fazia música falando errado, mas, como dizia, “pra falar errado tem que saber falar errado”. Criou diversos sambas errados, letras nas quais relatava situações às vezes trágicas mas com uma grande pitada de humor ou ironia.</p><p class="MsoNormal" style="margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; margin-top: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 35.4pt; text-align: justify; ">“Em Valinhos eu não trabalhei. Nasci lá, depois vim pra Jundiaí. De Jundiaí fui para o Grupo Escolar Coronel Siqueira Morais. O meu número era 245, elefante. Nunca deu esse número no bicho, até hoje eu jogo, não dá nunca. Dali, no Grupo, fui trabalhar no hotel, entregar marmita. Entregava marmita, viu, querido amigo, e no caminho eu tinha fome, sabe, e abria a marmita e contava os bolinhos. Se a família tinha quatro pessoas e ia oito pasteizinhos ou ia dez, eu comia dois no caminho. Era malandrinho já. Não era malandragem, era espertinho. Tinha fome. Não era malandro, era fome. Sabe o que é malandragem? Malandragem é fome.” Com 10/12 anos de idade começou a trabalhar em metalúrgica, em fiação, pintor de paredes em Santo André, também encanador de água e esgoto. “Depois fui mascate, vendia retalhos na rua, retalhos de tecidos, vendia meia. Tanta coisa que eu fui e só deu pra fazer samba. Fazia samba no caminho, andando. Eu já queria fazer samba. Eu nasci querendo fazer samba, não tem começo, já nasci querendo fazê samba. Eu não parava em emprego. Balconista, se uma freguesa queria comprar um negócio eu dizia ‘Pois não’ e começava a batucar no balcão ‘Qual senhora quer, qual é que é?’. Vivia batucando, mandavam logo embora.”</p><p class="MsoNormal" style="margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; margin-top: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 35.4pt; text-align: justify; ">“Na rádio entrei porque eu quis entrar. Eu quis entrar no rádio e ninguém quis. E até hoje ninguém quer, até hoje batem na minha cara a porta. Para entrar no rádio foi duro. Foi duro, entrei como calouro na Rádio Cruzeiro do Sul, no largo da Misericórdia. Ali eu cantava um samba do Noel Rosa, bonito, que se chamava <i>Filosofia</i>. O Jorge Amaral era o locutor. Aí eu fui aprovado como sambista pelo Paraguassu e tudo:</p><p class="MsoNormal" style="margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; margin-top: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; "><i>O mundo me condena<o:p></o:p></i></p><p class="MsoNormal" style="margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; margin-top: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; "><i>E ninguém tem pena</i></p><p class="MsoNormal" style="margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; margin-top: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; "><i>Falando sempre mal do meu nome.<o:p></o:p></i></p><p class="MsoNormal" style="margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; margin-top: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; "><i>Deixando de saber</i></p><p class="MsoNormal" style="margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; margin-top: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; "><i>Se eu vou morrer de sede</i></p><p class="MsoNormal" style="margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; margin-top: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; "><i>Ou se eu vou morrer de fome.</i></p><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(0, 0, 238); -webkit-text-decorations-in-effect: underline; "><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVmGEqJrsWIcyQ678de8X2OE_sg0B3Zat809SvajhyaGDABRGPo9lkmxJ817X7KgPXjYD5DJsnqxCoK05xwIsVel1A8UYXI2DmyN4oS5o-Fzd53KDHpgphmxGaHVj2jfmQiCUV2bF_vJQo/s320/noel.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5668299177211632082" style="float: right; margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 10px; margin-left: 10px; cursor: pointer; width: 290px; height: 320px; " /></span><div><span class="Apple-style-span" ><br /></span><p class="MsoNormal" style="margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; margin-top: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; "><i>Mas a filosofia</i></p><p class="MsoNormal" style="margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; margin-top: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; "><i>Hoje me auxilia</i></p><p class="MsoNormal" style="margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; margin-top: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; "><i><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, serif; "></span></i></p><p class="MsoNormal" style="font-style: normal; margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; margin-top: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; "><i><i>A viver indiferente assim.</i></i></p><p class="MsoNormal" style="font-style: normal; margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; margin-top: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; "><i><i>Nesta prontidão sem fim,<o:p></o:p></i></i></p><div><p class="MsoNormal" style="font-style: normal; margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; margin-top: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; "><i><i>Vou fingindo que sou rico,<o:p></o:p></i></i></p><p class="MsoNormal" style="font-style: normal; margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; margin-top: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; "><i><i>Pra ninguém zombar de mim.</i></i></p><p class="MsoNormal" style="font-style: normal; margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; margin-top: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; "><i><i>Não me incomodo<o:p></o:p></i></i></p><p class="MsoNormal" style="font-style: normal; margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; margin-top: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; "><i><i>Que você me diga<o:p></o:p></i></i></p><div><p class="MsoNormal" style="font-style: normal; margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; margin-top: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; "><i><i>Que a sociedade é minha inimiga.</i></i></p><p class="MsoNormal" style="font-style: normal; margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; margin-top: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; "><i><i>Pois cantando neste mundo<o:p></o:p></i></i></p><p class="MsoNormal" style="font-style: normal; margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; margin-top: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; "><i><i>Vivo escravo do meu samba,</i></i></p><p class="MsoNormal" style="font-style: normal; margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; margin-top: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; "><i><i>Muito embora vagabundo.</i></i></p><p class="MsoNormal" style="font-style: normal; margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; margin-top: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; "><i><i>Quanto a você<o:p></o:p></i></i></p><p class="MsoNormal" style="font-style: normal; margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; margin-top: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; "><i><i>Da aristocracia,<o:p></o:p></i></i></p><p class="MsoNormal" style="font-style: normal; margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; margin-top: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; "><i><i>Que tem dinheiro,</i></i></p><p class="MsoNormal" style="font-style: normal; margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; margin-top: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; "><i><i>Mas não compra alegria,<o:p></o:p></i></i></p><p class="MsoNormal" style="font-style: normal; margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; margin-top: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; "><i><i>Há de viver eternamente</i></i></p><p class="MsoNormal" style="font-style: normal; margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; margin-top: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; "><i><i>Sendo escrava dessa gente<o:p></o:p></i></i></p><p class="MsoNormal" style="font-style: normal; margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; margin-top: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; "><i><i>Que cultiva a hipocrisia.<o:p></o:p></i></i></p><p class="MsoNormal" style="font-style: normal; margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; margin-top: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; "><i>Noel Rosa, meu amigo Noel Rosa, o Queixadinho.”</i></p><p class="MsoNormal" style="font-style: normal; margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; margin-top: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; "><i><br /></i></p><p></p></div></div></div>Luiz Claudiohttp://www.blogger.com/profile/12623945511057364172noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4024828005959632761.post-30424816139835617762011-10-27T19:30:00.000-02:002011-10-27T20:25:47.799-02:00CandeiaUm dos maiores compositores da historia do samba, cantando e contando a historia do Partido Alto. Verdadeira aula de samba e musica.<br /><div style="TEXT-ALIGN: center"><br /><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/VgyWsFf89EI&hl=pt_BR&fs=1&color1=0x3a3a3a&color2=0x999999"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/VgyWsFf89EI&hl=pt_BR&fs=1&color1=0x3a3a3a&color2=0x999999" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><br /><br /><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/6bvamyfqBRo&hl=pt_BR&fs=1&color1=0x3a3a3a&color2=0x999999"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/6bvamyfqBRo&hl=pt_BR&fs=1&color1=0x3a3a3a&color2=0x999999" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><br /><br /><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/vGOeqzlBruc&hl=pt_BR&fs=1&color1=0x3a3a3a&color2=0x999999"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/vGOeqzlBruc&hl=pt_BR&fs=1&color1=0x3a3a3a&color2=0x999999" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><br /></div>Luiz Claudiohttp://www.blogger.com/profile/12623945511057364172noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4024828005959632761.post-45551692937860185562011-10-02T11:38:00.005-03:002011-10-02T12:13:46.439-03:00Todos os diasPara a água de depois<br />tenho a xícara ao lado...<br />a chuva lá fora<br />dispersa no tom absoluto<br />de cada lâmpada instável<br />dos postes da rua.<br /><br />Que tempo absurdo é esse<br />em que para chorar<br />lágrimas são proibidas ?<br /><br />Gota de sal<br />que escondemos<br />no bolso<br />do casaco<br />inseguro.<br /><br />Para a água de depois<br />os cacos da xícara pelo chão<br />denunciam minha embriaguez.<br /><br />Nas mãos mudas<br />a voz da poesia.<br /><br />Voo de pássaro<br />sem sustentação<br />do ar<br />é arremesso de corpo<br />para o nada.<br /><br />E ando como pedra lançada<br />no coração da noite.<br /><br />Os estilhaços da xícara<br />magoam o horizonte.<br /><br />Que tempo é esse em que é preciso amanhecer<br />com corte imposto?<br /><br />Gole a gole tomo o chá preparado.<br /><br />Pela manhã a vida avançará sem desvios<br />em direção à certeza<br />- no fim do dia no fim das coisas -<br />de um sol ausente.<br /><br /><br /><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:trackmoves/> <w:trackformatting/> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:donotpromoteqf/> <w:lidthemeother>PT-BR</w:LidThemeOther> <w:lidthemeasian>X-NONE</w:LidThemeAsian> <w:lidthemecomplexscript>X-NONE</w:LidThemeComplexScript> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> <w:splitpgbreakandparamark/> <w:dontvertaligncellwithsp/> <w:dontbreakconstrainedforcedtables/> <w:dontvertalignintxbx/> <w:word11kerningpairs/> <w:cachedcolbalance/> </w:Compatibility> <m:mathpr> <m:mathfont val="Cambria Math"> <m:brkbin val="before"> <m:brkbinsub val="--"> <m:smallfrac val="off"> <m:dispdef/> <m:lmargin val="0"> <m:rmargin val="0"> <m:defjc val="centerGroup"> <m:wrapindent val="1440"> <m:intlim val="subSup"> <m:narylim val="undOvr"> </m:mathPr></w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" defunhidewhenused="true" defsemihidden="true" defqformat="false" defpriority="99" latentstylecount="267"> <w:lsdexception locked="false" priority="0" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Normal"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="heading 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 7"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 8"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 9"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 7"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 8"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 9"> <w:lsdexception locked="false" priority="35" qformat="true" name="caption"> <w:lsdexception locked="false" priority="10" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Title"> <w:lsdexception locked="false" priority="1" name="Default Paragraph Font"> <w:lsdexception locked="false" priority="11" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Subtitle"> <w:lsdexception locked="false" priority="22" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Strong"> <w:lsdexception locked="false" priority="20" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Emphasis"> <w:lsdexception locked="false" priority="59" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Table Grid"> <w:lsdexception locked="false" unhidewhenused="false" name="Placeholder Text"> <w:lsdexception locked="false" priority="1" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="No Spacing"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" unhidewhenused="false" name="Revision"> <w:lsdexception locked="false" priority="34" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="List Paragraph"> <w:lsdexception locked="false" priority="29" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Quote"> <w:lsdexception locked="false" priority="30" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Intense Quote"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="19" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Subtle Emphasis"> <w:lsdexception locked="false" priority="21" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Intense Emphasis"> <w:lsdexception locked="false" priority="31" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Subtle Reference"> <w:lsdexception locked="false" priority="32" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Intense Reference"> <w:lsdexception locked="false" priority="33" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Book Title"> <w:lsdexception locked="false" priority="37" name="Bibliography"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" qformat="true" name="TOC Heading"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-priority:99; mso-style-qformat:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin-top:0cm; mso-para-margin-right:0cm; mso-para-margin-bottom:10.0pt; mso-para-margin-left:0cm; line-height:115%; mso-pagination:widow-orphan; font-size:11.0pt; font-family:"Calibri","sans-serif"; mso-ascii-font-family:Calibri; mso-ascii-theme-font:minor-latin; mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-theme-font:minor-fareast; mso-hansi-font-family:Calibri; mso-hansi-theme-font:minor-latin; mso-bidi-font-family:"Times New Roman"; mso-bidi-theme-font:minor-bidi;} </style> <![endif]-->Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4024828005959632761.post-33394480855512053472011-08-01T18:06:00.005-03:002011-08-01T18:17:20.051-03:00Meu paiEssas galinhas que ciscam o tempo<br />Enquanto o chão passa sob os nossos pés.<br /><br />Essas galinhas que tem o terreiro<br />Da vida por campo,<br />Que se movem com a linha seca do sol.<br /><br />O alimento que lhes propõe a terra<br />Vence o tempo exato da precisão.<br /><br />Quem lhes questiona o prazo de validade<br />A embalagem rompida<br />O teor nutricional<br />Daquilo que só se resume<br />Em presença no espaço da capoeira?<br /><br />Vejo-as como quem vem marcado da chuva<br />Que cai fina, e goteja nos telhados<br />Sua canção triste.<br /><br />E sei então que a vida se vai<br />Se vai<br />Solta no tempo.<br /><br />Grãos partidos<br />Imersos na palha<br />Os riscos deixados<br />Procura aleatória.<br /><br />Meu pai adormeceu no tempo de sua longa estrada.<br /><br />E ficam apenas minhas mãos para a poesia<br />Que inseguras<br />Determinam a posição das palavras<br />E alongam o sítio<br />As árvores que descansam seu corpo<br />O alimento guardado e que escapou às aves.<br /><br />Meu pai escondeu de mim as palavras<br />Para que eu procurasse<br />Por toda vida<div>(procura aleatória)<br />Para que eu me nutrisse<br />Do arado<br />Das cercas que deixou abertas<br />Do verso plantado<br />Entre sol e a chuva<br />Que agora fazem germinar seu sono.</div>Anonymousnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4024828005959632761.post-76889233220815144252011-07-19T20:58:00.002-03:002011-07-19T21:03:32.384-03:00Talvez a mais perfeita, complexa e fantastica música escrita pelo mestre JOHN COLTRANE !!!<iframe height="510" src="http://www.youtube.com/embed/0hN5JpIG0B0" frameborder="0" width="640" allowfullscreen=""></iframe><br /><br /><iframe height="510" src="http://www.youtube.com/embed/zsIOgLp5rlU" frameborder="0" width="640" allowfullscreen=""></iframe>Luiz Claudiohttp://www.blogger.com/profile/12623945511057364172noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4024828005959632761.post-75754378207377725902011-07-06T22:22:00.000-03:002011-07-06T22:23:17.991-03:00Breve Historia da MPB (9a. parte)<p class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm; margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; text-indent: 35.4pt; text-align: justify; ">O samba, durante muito tempo foi motivo de perseguição, como conta também Roberto Martins no Programa Ensaio “Não, eu fui tirar o Ataulfo. Ele estava preso, isso sim. Naquele tempo, tinha uns policias que tinham mania de prender porque ganhava prêmio. Então, tinha que mostrar a carteira de trabalho. Ele vinha da gravação, tinha gravado uma música na Victor, até um samba muito bonito, vinha com uma pastinha na mão, coitado, ia para casa, morava no Catumbi. Quando ele entrou no baixo meretrício, veio um investigador (não vou citar o nome para não fazer propaganda para ele) e prendeu o Ataulfo e levou para o distrito, que era o 8º. Distrito, na Rua Senhor do Matosinho. Aí me falaram, eu fui lá, falei com o comissário: ‘Doutor, prenderam um rapaz que é meu amigo. Ele é musico, toca violão’. Ele ainda disse: ‘Mas violão é instrumento de vagabundo’. Eu digo: ‘O senhor está dizendo isso como todo mundo diz, mas não é não’. Ainda citei um cara famoso, Sebastião Santos, que tocava todas as óperas no violão: ‘Então o senhor não conhece o Sebastião Santos, que toca opera que o senhor quiser ouvir, trago ele aqui no xadrez pro senhor ouvir’. – ‘Não, toma a chave, vai lá e solta ele.’ Aí eu dei a chave a um guarda para soltar o Ataulfo e ele foi embora comigo.”<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwZp-3IANxbgXgoPuYqHsjdw66zUuoDjK2KD3IwIN7NZ8gxKerl4Q0Sc1ONfwAswuvw0_8KnZdUAVdLnZTBeg_vNdttjtPWnwqg-uKmfJB_2rt5mq1fMpdKwUjSxi95jVby8cr5sg0CEWV/s1600-h/oitobatutas.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwZp-3IANxbgXgoPuYqHsjdw66zUuoDjK2KD3IwIN7NZ8gxKerl4Q0Sc1ONfwAswuvw0_8KnZdUAVdLnZTBeg_vNdttjtPWnwqg-uKmfJB_2rt5mq1fMpdKwUjSxi95jVby8cr5sg0CEWV/s200/oitobatutas.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5364655160692433410" border="0" style="margin-top: 0pt; margin-right: 0pt; margin-bottom: 10px; margin-left: 10px; float: right; cursor: pointer; width: 282px; height: 168px; " /></a></p><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm; margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; text-indent: 35.4pt; text-align: justify; ">Em 1919, foi convidado por Pixinguinha a integrar o conjunto Oito batutas, de importância fundamental na história da música brasileira, estreando na sala de espera do cinema Palais. O grupo fez muito sucesso entre a elite carioca, por executar, no centro da cidade, música popular, como maxixes, canções sertanejas, batuques, cateretês e choros, com instrumentos até então só conhecidos nos morros e nos subúrbios. Em janeiro de 1922 os Batutas apresentaram-se durante seis meses em Paris com o nome de ‘Les Batutas’, sendo o primeiro conjunto brasileiro de música popular a excursionar pelo exterior. Neste mesmo ano, o grupo ainda atua na Argentina, onde grava uma série de discos na Victor, antes de dissolver-se. Em 1928, organizou com Pixinguinha a Orquestra Típica Pixinguinha-Donga, eminentemente dançante, responsável por gravações no selo Parlophon, da Odeon. Durante os anos de 1930, atua nos grupos Guarda Velha e Diabos do Céu, formados por Pixinguinha para diversas gravações em algumas gravadoras, onde ele tocou cavaquinho, banjo e violão.</p><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm; margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; text-indent: 35.4pt; text-align: justify; ">Em 1940, Villa Lobos, levou vários artistas, entre eles Donga, Cartola, Luiz Americano ao maestro Leopold Strokowski <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiCLJJ23MN4kSaU4fPjqL3foNRLFcSnqnhj3V_QSRfzFB-pNXDyEvwJ-GUC89v0QO_DXDTpCF5itiU1QiHmJ7UelS5nrrdLDpTIWpZD5-yQY0qw4mDq62hZiwfmsWutxE5GHDm0mUl_-sZ/s1600-h/stokowskidonga.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiCLJJ23MN4kSaU4fPjqL3foNRLFcSnqnhj3V_QSRfzFB-pNXDyEvwJ-GUC89v0QO_DXDTpCF5itiU1QiHmJ7UelS5nrrdLDpTIWpZD5-yQY0qw4mDq62hZiwfmsWutxE5GHDm0mUl_-sZ/s200/stokowskidonga.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5364655773688430866" border="0" style="margin-top: 0pt; margin-right: 10px; margin-bottom: 10px; margin-left: 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 213px; height: 154px; " /></a>(1881-1976) para a gravação de discos documentais de música brasileira em 78 rpm. Lançados nos Estados Unidos em 2 álbuns intitulados Native Brazilian Music, nove composições de Donga foram neles incluídas: <i>Cantiga de Festa, Macumba de Oxossi e Macumba de Iansã</i>, todos com José Espingela, cantadas pelo grupo do Pai Alufá; o samba <i>Seu Mané Luis</i>, a toada <i>Passarinho Bateu Asas</i>, com Leonardo Mora, e <i>Pelo Telefone</i>, com Mauro Almeida, cantadas por Josué Gonçalves; a toada<i>Ranchinho Desfeito</i>, com De Castro e Sousa, cantada por Jararaca e Ratinho; e <i>Que Queré</i>, com João da Baiana e Pixinguinha, cantada por João da Bahiana.</p><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm; margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; text-indent: 35.4pt; text-align: justify; ">“Olha esse ponteado, Donga!" - A exclamação com que Almirante incentivava o violão solista do Grupo da Guarda Velha está perpetuada em um dos discos mais famosos da história da música popular brasileira, gravado por importantes músicos e compositores da fase de sedimentação do samba no Rio de Janeiro. O grupo foi organizado por iniciativa de Almirante, em 1954, Donga tocou e gravou com o conjunto até 1958, seus integrantes eram Pixinguinha (sax tenor), Donga (violão, prato e faca), João da Baiana (pandeiro), Bide (ritmo), Alfredinho (flautim), J. Cascata (ritmo e canto), Rubem, Mirinho, Carlos Lentine (violões) e Valdemar (cavaquinho), além do Almirante (canto).</p><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm; margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; text-indent: 35.4pt; text-align: justify; ">O único LP individual de Ernesto Maria Joaquim dos Santos, o grande arquiteto da música popular brasileira, foi lançado em 1974 pela gravadora Marcus Pereira. Neste disco, foi registrado trechos do depoimento prestado por Donga ao Museu da Imagem e do Som, do Rio de Janeiro.<span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"> </span></p>Luiz Claudiohttp://www.blogger.com/profile/12623945511057364172noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4024828005959632761.post-67154434585767649662011-07-05T14:37:00.004-03:002011-07-05T14:47:10.447-03:00TempoO tempo encrava na gente<div>raiz profunda</div><div>em busca da água que fica</div><div>no chão submersa.</div><div><br /></div><div>Fincado na terra seca</div><div>o tempo seca</div><div>o exercício do sorriso</div><div>que se perdeu</div><div><br /></div><div>há muito</div><div>há muito</div><div>há muito.</div><div><br /></div><div>Breve tempo que procura</div><div>as ondas do meu sonho</div><div>navio escuro que partiu</div><div>tão cedo do cais prematuro.</div><div><br /></div><div>Sua memória</div><div>tange a fazenda</div><div>do boi imenso</div><div>Bordado num pano rústico.</div><div><br /></div><div>Imensa vida</div><div>Imensa vida</div><div>Imensa vida.</div>Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4024828005959632761.post-36307657436389035812011-05-18T19:58:00.012-03:002011-05-18T20:30:15.058-03:00Breve Historia da MPB (8a. parte)<p class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm; margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; text-indent: 35.4pt; text-align: justify; "><br /></p><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigHI7Bz_1TWAHiIR2iRyTz_kq7s0wPSZyQOnt2pDnnB9mduob3ab48w449m_J8oG-Ub8YUSay4bKJ6TSWgCXknR6OeQz0JfmYKl8XPpbm5F44UrvQm3H_KEQSmHoz3xmId_dClSFrO6sSe/s400/donga2.jpg" style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 130px; height: 195px;" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5608196973961918370" /><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm; margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; text-indent: 35.4pt; text-align: justify; ">Roberto Martins é um, entre os vários artistas fundamentais, que freqüentaram a Praça Onze naqueles tempos idos, no início do século XX, onde se localizava a casa de Tia Ciata, berço do samba. O samba durante muito tempo teve como sua figura inaugural o violonista e compositor Donga, nascido no dia 5 de abril de 1889, filho de pai pedreiro e tocador de bombardino, com a famosa Tia Amélia, do grupo das baianas da Cidade Nova, cantadeira de modinhas, festeira e mãe-de-santo, desde os 4 anos já freqüentava a casa de Tia Sadata, na Pedra do Sal, beco do bairro da Saúde. Por volta de 1893, os baianos que freqüentavam a casa de Tia Sadata fundaram o que, segundo Donga, foi o primeiro rancho do Rio de Janeiro, o Dois de Ouro, onde desfilou como ‘porta-machado’, figurante que abria o desfile brandindo um pequeno machado, em uma dança parecida com a capoeira. Passou a infância entre ex-escravos e negros baianos, com quem aprendeu o jongo, afoxé, dança-de-velhos entre outras danças provenientes da macumba e candomblé e ritmos populares que serviriam de base para sua carreira musical. Começou a tocar cavaquinho, de ouvido, e passou para o violão em 1917 tomando aulas com o famoso Quincas Laranjeiras, inventor de um método revolucionário.</p><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm; margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; text-indent: 35.4pt; text-align: justify; "><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, serif; "></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm; margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; text-indent: 35.4pt; text-align: justify; ">Juntamente com João da Baiana, Caninha, Sinhô, Pixinguinha, Didi, Gracinda, Buci Moreira, entres outros, Donga freqüentava a casa de Tia Ciata, onde, em 1916, nasce <i>Pelo Telefone, </i>que ele registra como seu na Biblioteca Nacional, ato que foi contestado pelo grupo, pois consideravam a criação de caráter coletivo, por ser oriunda de partido-alto, em que todos improvisavam versos. Mas a grande importância de sua atitude, motivado pelo advento da indústria fonográfica e visando a ampliação das possibilidades de uma música antes restrita ao ambiente do seu povo negro, foi ter “introduzido o samba na sociedade”, dando ao samba o status indiscutível de gênero musical brasileiro pois foi historicamente a primeira obra do gênero samba a receber estatuto legal, o que o governo de Getúlio Vargas, na década de 1930, viria convalidar.</p><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm; margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; text-indent: 35.4pt; text-align: justify; ">“Vivia-se, entretanto, no Brasil, pelos primeiros anos do século 20, um clima absolutamente desfavorável a qualquer expressão cultural emanada do povo negro. Menos de duas décadas tinham-se passado da extinção legal do trabalho escravo e a sociedade brasileira procurava de todos os modos, apagar a ‘mancha africana’. Assim, em termos musicais, ao tempo das chapas de gramofone, que eram os primitivos suportes fonográficos, gravavam-se polcas, valsas, modinhas, maxixes, lundus etc.</p><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfulP626u64CJZ2bFv9Gu_vlLUYPcDCr5p74Mlhbs1lnugMXkeSpBcj6WNPWrX1lyqIOxBjklqS_M6zRo9wwK0Bzrx4OJnMhN0_XSOY7TYtLBUc0cS5_XeYOiSWkx3tMOxp5UPOgdS0etk/s320/donga.jpg" style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 209px; height: 234px;" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5608198462498161474" /><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm; margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; text-indent: 35.4pt; text-align: justify; ">Mas o samba propriamente dito (e o termo ‘samba’ designava qualquer batuque de negros) tinha interesse apenas etnográfico, sem qualquer possibilidade mercadológica. (...) À parte, então, esse particular interesse etnográfico, do ponto de vista mais geral, o samba era prática marginal, desclassificada. Era a música dos libertados, porém deserdados pela Abolição, dos desordeiros, dos capadócios, da malta enfim. E por isso era reprimido pela ordem constituída, num estado de coisas que, menos ou mais brandamente, veio até a década de 1930. ‘Os sambistas, cercados em suas próprias residências pela polícia, eram levados para o distrito e tinham seus violões confiscados’ contava Donga ao escritor Muniz Sodré, conforme transcrito no livro ‘Samba, o dono do corpo’ (Rio, Codecri, 1979). ” <i>Donga, um Retrato Ampliado de Lygia Santos</i>.</p><p></p>Luiz Claudiohttp://www.blogger.com/profile/12623945511057364172noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4024828005959632761.post-80962143727766995112011-05-07T18:18:00.008-03:002011-05-07T19:13:07.151-03:00ConstataçãoNo tempo de mudança, pegou a andar, porque andar é morrer um pouco.<br />E andando esperava seu passo se constituir caminho.<br />Para todas as células<br />Escalavradas<br /><div>Há um pouco de terra</div><div>Que as cubra</div><div>Que as tome</div><div>Que as consuma como ato.</div><div>Porque o único ato</div><div>É ser.</div><div><br /></div><div>Passarinho passarinho</div><div>Que vai remando os ares</div><div>Passarinho passarinho</div><div>A guerra é o deus que o apoia</div><div>No céu</div><div>Diante dos homens</div><div>E suas construções</div><div>De paz duvidosa.</div><div><br /></div><div>Passarinho não anda</div><div>Que conquistou asas.</div><div><br /></div><div>No tempo de mudança pegou a andar, porque andar</div><div>É nossa união à terra</div><div>De pés descalços</div><div>Pele, pedra e pó.</div><div><br /></div><div>Entorna a moringa</div><div>Em copo de barro.</div><div><br /></div><div>A água denunciará tua sede.</div><div><br /></div><div>E afirmará,</div><div>Todos os dias no fio das horas,</div><div>A medida que os homens</div><div>Não terão mais</div><div>Quando enfim seus passos</div><div>Se tornarem voo.</div><div><br /></div><div><br /></div>Anonymousnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4024828005959632761.post-63300996793111191482011-04-29T11:50:00.002-03:002011-04-29T12:07:09.034-03:00Noite. (Noite é tarde deixada para trás)A tarde deixada para trás.<br /><br />A violência das mãos<br />Segmentadas<br />Agora some<br />No risco da estrela<br />Na atitude do céu<br />Que o inverno veste.<br /><br />É um céu paciente. Em pontos de luz<br />Costura a noite.<br /><br />O prazo da vida escoa por entre as linhas.<br /><br />Ah a toada do tempo<br />Nas pedras da estrada<br />No canto sob janela antiga<br />Nos passos por tantas ruas pequenas.<br /><br />O tempo cantor ensinou os pássaros.<br /><br />Eles sabem que a infinita medida<br />Limita nossa canção na terra.<br /><br />Lavrar a alma é ato de plantio mais corajoso.<br /><br />Por isso cantam-se canções enquanto a semeadura<br />É imperativo para a flor da aurora.<br /><br />A tarde deixada para trás.<br /><br />A noite é cama para as mãos que carregam sementes.<br />A noite é descanso para a fertilidade da terra.<br />Pão para sua fome.<br />Fim da nossa vida.Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4024828005959632761.post-33406087568885238412011-04-07T20:17:00.003-03:002011-04-07T20:39:18.305-03:00Breve Historia da MPB (7a. parte)<div style="text-align: justify;"> Roberto Martins também revela uma face de Francisco Alves pouco conhecida ou imaginada por todos, afinal ele era o Rei da Voz. “Conheci. Era um cara bom. Chico Alves era bruto, mas era bom de coração. Era Bruto. Ele fazia coisas de criança às vezes. Ele estava conversando com você e cuspia. Você levava ele numa casa para apresentar uma mulher e, de repente, ele cismava e saía porta afora. Ele era meio queimado. (...) A história da Cai Cai? O editor arranjou a gravação e mandou que eu mostrasse ao Francisco Alves. Mas eu tinha cantado a música para o Joel. Eu fazia o seguinte: o primeiro que gostar grava. É como amor, não espera muito, senão não ganha. Aí cantei para o Joel e ele gostou da musica: ‘Você me dá, Roberto?’ – ‘Não sei. Me deram uma incumbência para cantar para o Chico.’ – ‘O Chico não canta esse estilo. Esse estilo batucada não é do Chico.’ Aí fui cantar para o Chico e cantei mal mesmo: ‘É essa música? Essa não’. O Joel gravou e a musica começou a estourar logo no inicio. Ai o Germano [Augusto] veio me dizer: ‘Roberto, o Chico ta doido te procurando, quer falar contigo. Ele está aborrecido. O que tu fez a ele?’ ‘Num sei.’ Eu vi logo que era o negocio da musica. Mais tarde, ele me encontrou no Nice: ‘Você pensa que é malandro? Eu sou malandro da Lapa. Eu que sou o Chico da Lapa.’ – ‘O que há Chico, está zangado por quê? Que isso.’ – ‘Não fica com deboche.’ – ‘Não to com deboche. Diga pra mim o que é?’ - ‘Você cantou pra mim, me engrupiu e depois foi dar para o Joel. Não gravo mais nada seu’. Ficou uns tempos zangado comigo, mas depois gravou uma porção de coisas.”</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Luis Nassif considera Roberto Martins o Rei desconhecido do Samba Sincopado. “Quando leio essa produção acadêmica sobre a bossa nova, sustentando que a música brasileira anterior era composta só de dramalhões, coloco no aparelho as músicas de Roberto Martins e me dá uma pena desses pesquisadores…”</div><br />“Favela, oi favela<br />Favela que trago no meu coração<br />Ao relembrar com saudade<br />A minha felicidade<br />Favela do sonho de amor<br />E do samba-canção<img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9yPWJysMSx5ja4vYq0QfRiNkQXYzp4o6kKX0DMZZZuV_evPKo1r4y2lH05K7GwAIUmzpMe-VMwwxVmuhxHNO9Duw4js19Ki4o3W8NVfbKZ5YNa_G_FpPB1RIDZZkswGu03TnJdJwwvpdB/s320/RobertoMartinsCafNice%255B1%255D.jpg" style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 190px;" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5592989797755870050" />Minha favela querida<br />Onde eu senti minha vida<br />Presa a um romance de amor<br />Numa doce ilusão<br />Em uma saudade bem rara<br />Na distancia que nos separa<br />Eu guardo de ti esta recordação<br />Minha favela!<br />Hoje tão longe de ti<br />Se vejo a lua surgir<br />Eu relembro a batucada<br />Começo a chorar<br />Favela das noites de samba<br />Berço doirado dos bambas<br />Favela, és tudo que posso falar.<br />Barulho no morro<br />Foi o que houve num arrasta-pé<br />Quando Pedro deu um beijo<br />Na cabrocha do José<br />Enquanto eles brigavam<br />Todo mundo assistia<br />Foi preciso que a policia<br />Desse fim à valentia<br />José morreu, e Pedro foi condenado<br />E a cabrocha foi com outro que vivia apaixonado<br />E nunca mais ouviu-se um grito lá no morro<br />Nunca mais ninguém ouviu um apito de socorro<br />Barulho, barulho, barulho no morro.”Luiz Claudiohttp://www.blogger.com/profile/12623945511057364172noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4024828005959632761.post-27446127855784005772011-03-05T14:30:00.001-03:002011-07-18T17:53:47.951-03:00Charlie Parker<iframe width="640" height="510" src="http://www.youtube.com/embed/ukL3TDV6XRg" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>Luiz Claudiohttp://www.blogger.com/profile/12623945511057364172noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4024828005959632761.post-92077189572232562462011-03-05T14:27:00.001-03:002011-07-18T17:52:03.204-03:00Charlie Parker & Dizzy Gillespie<iframe width="640" height="510" src="http://www.youtube.com/embed/X8gCmtkuVgk" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>Luiz Claudiohttp://www.blogger.com/profile/12623945511057364172noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4024828005959632761.post-34648672060485339272011-03-05T14:09:00.001-03:002011-03-05T14:09:54.750-03:00Dizzy Gillespie<iframe title="YouTube video player" width="640" height="510" src="http://www.youtube.com/embed/09BB1pci8_o" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>Luiz Claudiohttp://www.blogger.com/profile/12623945511057364172noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4024828005959632761.post-49220652798786675182011-02-25T17:13:00.010-03:002011-02-25T18:36:43.133-03:00passeataos passos que dei ontem<br />vêm cheios dos meus silêncios<br />mal medidos<br /><br />no canteiro dessa avenida bruta<br />ou vendo os peixes que adormecem no chão<br />meus pés descansam<br /><br />não há movimentos ou perguntas<br />posto que o dia foi bravo<br />o dia preparou a maciez da noite<br /><br />há sempre possibilidades no meio da tarde<br />alguma luz que recupere a esperança<br />de que a liberdade ainda rebente<br /><br />mas está longe e morre a cada eleição<br />a cada discurso montado<br />a cada recado da mídia<br /><br />a liberdade é o silêncio<br />dos passos que dei ontem<br />cuidem de mim<br /><br />eles não precisam de voz<br />imagem<br />ou aplausos<br /><br />navegam o mar dos dias<br />e abrem amplo espaço<br />do continente<br /><br />adormecem como esses peixes<br />plantados adiante<br />dentro da terra<br /><br />e nadam ao curso de cavernas subterrâneas<br />quando querem ser livres<br />aguardam a chuva<br /><br />para brotarem do solo<br />como palavras na manhã<br />em campo novo<br /><br />e seus frutos serão o rio<br />comprido imenso<br />que passa ao lado<br /><br />ainda que não sintamos<br />nem a umidade nem o sabor<br />nem a paz<br /><br />do seu leito.Anonymousnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4024828005959632761.post-73761276616048735672011-02-16T23:04:00.001-02:002011-02-16T23:04:38.518-02:00Pixinguinha<iframe title="YouTube video player" width="640" height="510" src="http://www.youtube.com/embed/xb7YzzkENcY" frameborder="0" allowfullscreen></iframe><br /><br /><br /><iframe title="YouTube video player" width="640" height="510" src="http://www.youtube.com/embed/AwryEdYhYGg" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>Luiz Claudiohttp://www.blogger.com/profile/12623945511057364172noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4024828005959632761.post-46678683529494603532011-02-12T14:21:00.004-02:002011-02-12T14:49:57.084-02:00A próxima distânciaO vento enganado que me esconde a noite<br />Tem por si no engano<br />De me encontrar.<br /><br />Se pedras arremesso me vem na fronte<br />O afago amargo<br />Do ar doce.<br /><br />Onde planto flores em risco azul<br />Pintam-se madrigais<br />De um soco exato.<br /><br />A poesia vira mentira de nossa verdade.<br />E verdade escrita<br />É ficção, alegoria.<br /><br />Nada do mundo<br />Corre triste.<br /><br />O que sinto é triste.<br /><br />O dia passa com o que penso.<br />E morre em palavra usada<br />Quando posto no papel<br />O tempo do lápis<br />Esquecendo o grafite<br />No espaço branco.<br /><br />Espaço infinito<br />Que não suporta o tamanho da vida.<br />Tão preciso e pequeno.<br /><br />Fez um tempo de água<br />Fez um tempo de pedra.<br /><br />Viver é partir sempre<br />No mesmo lugar.<br /><br />Bem longe<br />Bem longe.Anonymousnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4024828005959632761.post-21852615652205027302011-02-03T00:19:00.002-02:002011-02-03T00:22:39.650-02:00Adoniran Barbosa e Elis Regina<iframe title="YouTube video player" class="youtube-player" type="text/html" width="520" height="430" src="http://www.youtube.com/embed/Ea5nMXIRxQM" frameborder="0" allowFullScreen></iframe>Luiz Claudiohttp://www.blogger.com/profile/12623945511057364172noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4024828005959632761.post-61971995673702333132011-02-02T23:51:00.007-02:002011-02-03T00:18:34.056-02:00Breve Historia da MPB (6a. parte)<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHgzyf7laepXQS3Lea7yGih9ddpzR9LBYkgnpy72fidTUe7TNt8v9GD-YJQUbT3cMQhIOdGyF7VbCa0tGKx4y3gUTSA1i8aJih5lhiyWerm3CdwG_zOYJTZh0bM60tsTp9WuYry1r_SiJo/s1600/prog_ensaio.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 181px; height: 154px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHgzyf7laepXQS3Lea7yGih9ddpzR9LBYkgnpy72fidTUe7TNt8v9GD-YJQUbT3cMQhIOdGyF7VbCa0tGKx4y3gUTSA1i8aJih5lhiyWerm3CdwG_zOYJTZh0bM60tsTp9WuYry1r_SiJo/s320/prog_ensaio.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5569281432828093698" /></a><br /><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm; margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; text-indent: 35.4pt; text-align: justify; ">O Programa chamado Ensaio, antes MPB Especial, produzido desde 1969, exibido pela TV Tupi e até hoje pela TV Cultura, trás, de uma maneira mais superficial, o artista convidado executando suas composições ou musicas mais conhecidas entre depoimentos sobre sua vida e carreira. Olhando mais de perto conseguimos captar em suas palavras, na maneira que se expressa, nas historias de sua vida e dos relacionamentos com outras figuras históricas, a essência deste artista como pessoa [sua alma], sua verdadeira qualidade artística, no caso dos ‘apenas’ compositores conseguimos perceber toda sua noção musical e total domínio do fraseado por mais que não sejam grandes interpretes. Para que possamos perceber tudo isso, precisamos estar livres de todo e qualquer pré-conceito musical, porque em alguns casos ouviremos grandes interpretações, sem aquela voz macia e tal, mas carregadas de emoção e apuro técnico, valiosas perolas musicais.</p><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm; margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; text-indent: 35.4pt; text-align: justify; ">Fernando Faro, diretor do programa, teve em alguns casos uma sorte grande, como o que aconteceu com Roberto Martins, pouco badalado compositor, mas um dos grandes da era de ouro da MPB, nascido em 29/1/1909 e tendo falecido em 14/3/1992, gravou o programa em 1991, por questão de meses foi possível ter seu depoimento e interpretações emocionadas como a de <i>Favela</i>, feita em parceria com Waldemar Silva, seu primeiro grande sucesso e talvez o maior, gravada por Francisco Alves em 1936, recebeu mais de 100 gravações; teve também enormes sucessos na voz de Orlando Silva, com <i>Meu Consolo é Você e Dá-me Tuas Mãos;</i> Ciro Monteiro gravou <i>Beija-me</i>; Nelson Gonçalves projetou-se com uma composição sua, o fox<i>Renuncia</i>; fez em parceria com Wilson Batista, o samba precursor da questão social <i>Pedreiro Waldemar</i>, que estourou no carnaval de 1949, interpretado por Blecaute.</p><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm; margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; text-indent: 35.4pt; text-align: justify; ">“Que eu gravei até agora? Gravei 384 musicas, mas tenho 56 anos de carreira. (...) Conheci. Desde menino, conheci a praça Onze. Você quer que eu fale, mas não vou falar das escolas de samba, porque antes tenho que falar como era a praça Onze. A praça Onze, vocês deviam conhecer. Tinha a rua Senador Eusébio, a Visconde de Itaúna e tinha a rua Santana e Marques de Pombal, ela ficava no meio, onde tinha a gafieira As Colombinas. A Kananga do Japão nunca foi na praça Onze. (...)<span> </span>Vou te falar dos batuqueiros. Depois que acabava o carnaval e as batalhas de confete que tinha na praça Onze e naquelas ruas do Centro, à meia-noite, o povo se recolhia. Então vinham os malandros, o Quico da Favela, o Waldemar da Babilônia, o Madureira do Engenho Velho, O Brancura do Estácio, o Mulatinho do Catete (esse cara foi morto com 18 tiros na praça Onze, quando ele quis pular a grade da escola que tinha ali e não conseguiu, por causa de batucada). O Mulatinho do Catete era o malandro do Catete. Naquela época, cada lugar tinha um malandro e havia a batucada pesada, aquela <i>Derruba, Bota no Chão. </i>Quando chegava a policia, era um bate-fundo medonho, todo mundo corria. Essa é a praça Onze primitiva.”</p><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm; margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; text-indent: 35.4pt; text-align: justify; ">E ele continua falando sobre a batucada, muito parecida com a roda de samba conhecida em São Paulo como tiririca ou jogo da pernada. “Era uma roda de samba e ainda tinha o ‘compadre’. Na batucada tinha sempre um ‘compadre’. É aquele batuqueiro que, quando você pegar um cara que é faixa dele, entra no meio e não deixa pegar. Essa cara passa, canta, empurra a perna devagar e dá a volta, vai cantando. Quem cantava era ele e os outros respondiam. Era uma espécie de partido alto. (...) O partido alto não é como eles dizem agora que é o eles dizem agora que é pagode. Pagode é o lugar onde você vai cantar e não a musica. A música era </p><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2SwEc98XSvobKVa3dsoqBQymJFy_kBy8UBHASMZeC4vtUsj-0ly7an0Kv1pJlrlJZ0FJ6orO7Kublw8tuM3G2Oonv-KS-5bx4CffO-fvrv-dLnnCX8f5frT5AYaWXZSf1vlKilqLMyJ0_/s320/Centenario-de-nascimento-do-compositor-Roberto-Martins.jpg" style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 194px; height: 320px;" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5569280990777572706" /><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm; margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; text-indent: 35.4pt; text-align: justify; ">partido alto. Naquela época, eu fiz uma musica:</p><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm; margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; text-align: justify; "><i>O teu riso tem, tem, tem, tem<o:p></o:p></i></p><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm; margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; text-align: justify; "><i>Tem qualquer coisa que me domina, meu bem<o:p></o:p></i></p><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm; margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; text-align: justify; "><i>O teu riso tem, tem, tem, tem<o:p></o:p></i></p><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm; margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; text-align: justify; "><i>Tem qualquer coisa que me domina, meu bem<o:p></o:p></i></p><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm; margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; text-align: justify; "><i>Tua boca é uma alvorada<o:p></o:p></i></p><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm; margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; text-align: justify; "><i>Nunca vi sorriso assim<o:p></o:p></i></p><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm; margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; text-align: justify; "><i>Sem teu riso não sou nada<o:p></o:p></i></p><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm; margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; text-align: justify; "><i>Dá um sorriso pra mim.<o:p></o:p></i></p><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm; margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; text-align: justify; ">De lá respondiam:</p><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm; margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; text-align: justify; "><i>Mina minha menina<o:p></o:p></i></p><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm; margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; text-align: justify; "><i>Mina dos olhos veludos<o:p></o:p></i></p><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm; margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; text-align: justify; "><i>Se o teu pai ... homem sério<o:p></o:p></i></p><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm; margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; text-align: justify; "><i>Teu amor teria tudo<o:p></o:p></i></p><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm; margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; text-align: justify; ">A noite toda era assim, mudava um refrão e botava outro.”</p><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm; margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; font-size: 12pt; font-family: 'Times New Roman'; text-align: justify; "><br /></p>Luiz Claudiohttp://www.blogger.com/profile/12623945511057364172noreply@blogger.com0